Chegada do inverno, temporada de crises asmáticas

As doenças respiratórias são as principais causas do atendimento de emergência no período de frio

No período em que são registradas baixas temperaturas é também a época em que os pacientes com problemas respiratórios, como a asma, precisam ficar mais atentos aos sintomas e aos cuidados com a doença. Os meses de inverno costumam piorar a saúde das pessoas que convivem com a asma e são a época em que a procura para atendimento médico aumenta.

A asma é uma doença crônica, que não tem cura, mas tem controle, e o desenvolvimento dessa patologia é resultado da interação entre herança genética e exposição a alergênios no ambiente. Segundo a dra. Vanessa Freire, pneumopediatra da Medcenter, “entre outros motivos específicos, esse histórico familiar é um dos principais fatores de risco para o paciente asmático, que costuma apresentar mais descontrole da doença enquanto ainda é criança ou adolescente”.

Existem diversos aspectos que são considerados gatilhos para desencadear crises em pacientes: mudança brusca de tempo; contato com ácaro, pólen, poeira, pelo; ar frio; esforço físico e resfriado. O asmático precisa lançar mão de práticas que possam ajudar a controlar esses agentes desencadeadores: evitar contato com poeira; não permitir que animais de estimação durmam em seu quarto; evitar tapetes e cortinas no quarto; não colecionar bichos de pelúcia e manter as roupas livres de ácaros.

O paciente asmático tem necessidade de um acompanhamento médico constante, e, normalmente, os medicamentos ministrados para conter a inflamação das vias aéreas são os broncodilatadores, as famosas bombinhas. Toda a abordagem terapêutica é feita de acordo com o estágio e a necessidade do paciente.

É de extrema importância que a terapia seja feita de forma regular antes da chegada do inverno, porque, com os exames e a medicação correta, o especialista consegue evitar e/ou controlar as crises. “As doenças respiratórias são as principais causas de atendimento nas emergências de pediatria, principalmente no outono/inverno, independentemente de haver pandemia ou não”, alerta a médica.

Fazer um acompanhamento de rotina garante um diagnóstico mais preciso e eficiente, trazendo melhor qualidade de vida para os pequenos que precisam conviver com a doença.