Saiba mais sobre sintomas, prevenção e tratamento da doença de Alzheimer
A conscientização da população é a principal forma de alerta para a prevenção
Setembro é o mês de conscientização da doença de Alzheimer – o dia 21 foi instituído pela Associação Internacional do Alzheimer como o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e, no Brasil, a Lei nº 11.736/2008 criou o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer com o objetivo de informar a sociedade sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento da condição. A doença causa a perda de funções cognitivas, por exemplo, orientação, atenção e memória.
Segundo o dr. Guilherme Spitz, neurologista da Medcenter, ainda existe muita desinformação na sociedade acerca da enfermidade, e esclarecer as pessoas sobre os principais pontos é o passo mais importante. “O Dia Mundial da Doença de Alzheimer consegue impactar diretamente uma sociedade que não tem perspectiva sobre a quantidade de pessoas diagnosticadas com a doença. Só no Brasil são mais de 1,2 milhão de casos.”
Perda de memória, confusão, dificuldade de aprendizado, mudanças bruscas de humor, dificuldade de compreensão, falta de concentração e esquecimento são alguns dos principais sintomas. “A Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo que causa disfunções cognitivas nos pacientes. Os principais sintomas são capazes de comprometer as atividades do dia a dia. É uma doença que atinge, principalmente, pessoas acima dos 65 anos, mas que pode se manifestar de forma precoce”, explica o dr. Guilherme.
Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é previsto que, aproximadamente, 50 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com demência, e a probabilidade é que esse número triplique nos próximos 30 anos. A doença pode ser classificada por três fases: leve, moderada e grave.
Alzheimer leve – momento em que ocorre a perda da memória recente, com dificuldade para lembrar palavras; o paciente começa a demonstrar sinais de depressão e agressividade e perde o interesse por atividades no geral.
Alzheimer moderado – as atividades do dia a dia já ficam mais complexas; o paciente começa a esquecer coisas importantes, nomes e perde a capacidade de viver sozinho e de cuidar da rotina de uma casa.
Alzheimer grave – há prejuízo grave da memória, com incapacidade de registrar novas informações; o paciente começa a não ser capaz de reconhecer familiares, amigos e locais.
“A doença de Alzheimer não tem cura, mas alguns medicamentos são prescritos para manter a qualidade de vida do paciente e auxiliar no ganho de sobrevida, retardando o surgimento de novos sintomas e amenizando os que já se manifestaram. São diversos medicamentos, que só devem ser ministrados se houver solicitação médica”, esclarece o neurologista.
A prevenção está totalmente ligada ao estilo de vida. Estimular o cérebro com novos aprendizados, incluir atividades físicas no dia a dia e manter um convívio social ativo faz muito bem para a saúde mental, principalmente para a terceira idade.
O cérebro precisa ser estimulado durante toda a vida e receber a mesma importância que todos os outros órgãos. Quanto mais estímulos, mais o cérebro vai se fortalecendo. A neuropsicologia é fundamental para a prevenção e o tratamento de distúrbios como o Alzheimer, pois é a especialidade capaz de compreender o funcionamento cognitivo, emocional e funcional do paciente, por meio de avaliações.