Principais dúvidas sobre colocação de DIU

Principais dúvidas sobre colocação de DIU
O método é capaz de apresentar menos efeitos colaterais do que os demais contraceptivos

O dispositivo intrauterino, conhecido como DIU, é um método contraceptivo de longa duração que apresenta menos efeitos colaterais às mulheres do que as outras opções oferecidas no mercado. O dispositivo pode ter o formado de “T” ou “Y” e tem como objetivo evitar a gravidez por meio da liberação de hormônios ou outras substâncias, além de longa duração, que pode variar entre 3 e 10 anos. Apesar de ser um método tradicional, a colocação do DIU ainda gera dúvidas e tabus.

Por isso, a dra. Laura Barcelos, ginecologista da Medcenter, esclarece as principais dúvidas sobre o tema, a seguir.

Quais são os tipos de DIU?

Dra. Laura – No mercado, contamos com três tipos de DIU: o cobre, o cobre + prata e os hormonais, com variações de tamanho e formato.

A colocação do dispositivo é dolorida?

Dra. Laura – Essa é uma questão muito pessoal, vai de mulher para mulher, cada organismo responde de uma maneira diferente. Mulheres na menopausa ou que já tiveram a experiência da gravidez geralmente sentem menos dores. Já no caso de pacientes que nunca engravidaram, pode ser que a dor seja mais intensa. No entanto, a anestesia no colo do útero e o uso de analgésicos orais previamente são sempre ministrados para minimizar qualquer desconforto.

Quais são os cuidados que se deve ter após a colocação?

Dra. Laura – A orientação é que a paciente fique atenta aos sintomas e evite relações sexuais nas 24 horas após a inserção do DIU. Cólicas e sangramentos são muito comuns, mas em caso de dores na vagina, corrimentos e odores vaginais ou dores no ato sexual é orientado que se procure o ginecologista.

O DIU pode causar infertilidade?

Dra. Laura – Não, não existe a possibilidade de o dispositivo causar a infertilidade. No momento em que a mulher decidir engravidar, ela pode retirar o dispositivo e começar o processo para gerar um bebê.

O método é mesmo eficiente?

Dra. Laura – A taxa de eficácia é altíssima, sendo similar à da ligadura das trompas, quando o DIU se encontra inserido na posição correta dentro do útero. No caso do DIU de cobre, é importante realizar exames para avaliar o posicionamento dele. O DIU de hormônio possui taxas de falha próximas a zero e, para isso, basta que ele esteja dentro da cavidade uterina.

As revisões devem ser feitas periodicamente?

Dra. Laura – Sim, o controle inicial deve ser feito por meio de visitas periódicas ao ginecologista a cada seis meses e a realização de ultrassonografia após a inserção do DIU, principalmente quando for a opção sem hormônio. Depois desse período, o acompanhamento poderá ser anual, com consultas para avaliar como se encontra o dispositivo e verificar se houve alguma alteração ou movimentação.

Para escolher o método contraceptivo que melhor atende às necessidades da mulher, é importante procurar o ginecologista e ter um diálogo aberto com ele para que, juntos, seja possível tomar essa decisão. A orientação do profissional é fundamental para que a escolha seja eficaz e segura.