Pano branco é contagioso? Entenda mais sobre essa doença dermatológica.
A enfermidade pode surgir em qualquer época do ano e pode estar ligada à imunidade baixa e a alterações hormonais.
O organismo sempre trabalha com sinais de alerta, e com a pele não é diferente, por isso é importante ficar atento, já que manchas brancas na derme podem indicar várias doenças, inclusive o pano branco, condição que pode estar ligada a diversos fatores, como queda na imunidade e alterações hormonais. Além de ser uma questão de qualidade de vida, essas marcas epidérmicas também acabam afetando a estética. No entanto, a parte boa da questão é que é possível identificar as causas e se prevenir.
Segundo a médica Aline Concato, dermatologista da Medcenter, “pano branco é o nome popular da micose superficial chamada de pitiríase versicolor, condição causada por um fungo da família do Malassezia furfur. Esse fungo é capaz de criar uma substância que impede a pele de produzir a melanina quando exposta ao sol, por isso, nos locais em que há a presença dos fungos, a pele não fica bronzeada”.
Diferente do que muitas pessoas acham, as águas de piscinas e praias não causam o surgimento do pano branco: “Esse fungo vive na pele humana normalmente, por vezes, ele acaba se proliferando de forma demasiada e causa essas manchas pelo corpo. Pessoas com pele oleosa, sistema imunológico afetado, suor excessivo, hormônios alterados e até mesmo predisposição genética estão mais propensas a desenvolver a doença”, explica a dra. Aline.
Os principais sintomas da patologia são manchas esbranquiçadas ou amareladas, coceira e descamação da pele normalmente encontradas nos braços, no pescoço, no tórax e nas costas. Segundo a dermatologista, “o paciente deve procurar um especialista assim que identificar os primeiros sintomas da doença para que seja identificada, por meio de exames clínicos, a pitiríase versicolor e o melhor tratamento seja ministrado”.
Mesmo que não seja uma doença contagiosa, existem algumas dicas importantes que podem ajudar a evitar o surgimento dessas manchas.
- Não deixar a pele oleosa por muito tempo.
- Banhar-se todas as vezes que transpirar muito.
- Usar roupas frescas durante o verão.
- Usar produtos específicos para seu tipo de pele.
- Ter uma alimentação saudável.
“O tratamento é feito basicamente por meio de antifúngicos de uso tópico. Dependendo do caso, associamos a essa terapêutica medicamentos orais. O banho de sol, nesses casos, também é recomendado para que a parte afetada seja novamente pigmentada”, finaliza a médica. É importante pontuar que a exposição ao sol deve ser feita de forma consciente e nos horários de menor incidência de radiação UV. Em casos de sintomas, é indicada a visita ao dermatologista para diagnóstico e tratamento assertivos.