Fibromialgia: saiba mais sobre a síndrome que afeta a saúde feminina
Essa condição crônica pode atingir oito mulheres para cada homem
Você sente dores pelo corpo, mas não sabe a causa e sempre está exausto? A razão desses sintomas pode ser a fibromialgia. Muitas pessoas que sofrem dessa síndrome não sabem, mas ela pode causar distúrbios do sono, dores musculares e transtornos cognitivos. Por isso, a dra. Monica Giesta, reumatologista da Medcenter, esclarece algumas questões sobre essa condição crônica.
O que é fibromialgia?
Dra. Monica Giesta: É um conjunto de sintomas entre os quais predominam as dores pelo corpo, principalmente na musculatura. A condição acomete também outros órgãos e sistemas do corpo, como o intestino – com alternância de períodos de diarreia com fases de constipação –, e provoca distúrbios do sono, ansiedade e irritabilidade, entre outros sintomas.
A fibromialgia atinge principalmente as mulheres?
Dra. Monica Giesta: Sim. Ocorre predominantemente nas mulheres (oito mulheres para cada homem), embora possa se desenvolver também em crianças, adolescentes e homens.
Quais os sintomas?
Dra. Monica Giesta: A dor na musculatura é a característica principal. Existe uma sensibilidade anormal e exacerbada com piora em alguns pontos, chamados pontos de gatilho. Os pacientes com fibromialgia ainda podem apresentar insônia à noite e sonolência durante o dia, cansaço, depressão e irritabilidade e distúrbios gastrointestinais, como a síndrome do intestino irritável.
Existe uma causa específica para a fibromialgia?
Dra. Monica Giesta: Não. A origem da fibromialgia é desconhecida.
Como é o diagnóstico?
Dra. Monica Giesta: O diagnóstico é eminentemente clínico, realizado por um reumatologista depois de conversar com o paciente de modo sistemático e examiná-lo. Não há um exame complementar para diagnóstico.
É possível conviver normalmente com a doença? Qual o tratamento?
Dra. Monica Giesta: Sim. A fibromialgia tem tratamento. É feito de maneira customizada para cada paciente e, normalmente, utilizam-se antidepressivos, relaxantes musculares e orientações dietéticas, além de exercícios físicos. Esse conjunto de medidas associadas leva o paciente à remissão dos sintomas e à retomada de uma vida plena.
Conseguiu identificar se alguém do seu convívio ou até mesmo você possa ter essa condição? É importante procurar um especialista para o diagnóstico certo, pois, mesmo que a síndrome ainda não tenha cura, é possível ter uma qualidade de vida melhor controlando os seus sintomas.