Impotência sexual: precisamos quebrar esse tabu
A impotência sexual, também conhecida como disfunção erétil, pode ser definida como a incapacidade de se obter ou manter uma ereção peniana com rigidez suficiente para uma relação sexual satisfatória.
Ainda que seja bastante comum na sociedade, a condição ainda é um dos grandes tabus entre os homens. Trata-se de um problema simples, mas que afeta especialmente a qualidade de vida de casais, além de prejudicar a autoestima, a autoconfiança e as relações interpessoais no dia a dia. Portanto, quebrar as barreiras sociais para falar de forma consciente sobre esse tema é de grande importância.
Por que isso acontece?
Segundo o dr. Gabriel Campos, urologista da Medcenter, as causas da disfunção erétil são multifatoriais e vão desde condições vasculares até psicológicas. “De forma geral, o sedentarismo, a obesidade, a dislipidemia (colesterol alto), a diminuição da testosterona, o alcoolismo, o tabagismo e a depressão são os principais fatores que afetam o mecanismo da ereção peniana ou da libido”, detalha o especialista.
Quais os grupos mais afetados?
A idade é um dos grandes fatores relacionados com a impotência sexual. Estima-se que mais da metade dos homens entre 40 e 70 anos possuam algum grau de disfunção erétil. Pacientes com doença coronariana/doença aterosclerótica, diabetes melito, síndrome metabólica e histórico de AVC (acidente vascular cerebral) também são mais comumente acometidos.
Como o diagnóstico é feito?
Para a maioria dos casos, o diagnóstico é puramente clínico, bastando uma anamnese com uma boa história clínica, na qual são investigados os fatores de risco relacionados com a impotência sexual. Alguns questionários podem ser utilizados, auxiliando, inclusive, na classificação do grau de disfunção erétil.
O dr. Gabriel Campos também aponta que, antes de fazer uso de qualquer medicação, é preciso entender que a impotência tem cura e até mesmo mudanças significativas no estilo de vida podem ser o suficiente para a melhora do desempenho sexual, como as listadas a seguir:
- não fumar;
- não consumir álcool em excesso;
- praticar exercícios físicos regularmente;
- perder peso;
- controlar a glicemia.