Transtorno do pânico: como identificar e se prevenir?
O ataque de pânico (ansiedade paroxística episódica) é caracterizado por episódios de ansiedade inesperados e intensos, com forte sensação de mal-estar ou medo. As crises podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou momento e podem durar minutos. Isso acarreta intensas mudanças psíquicas que desencadeiam alterações profundas no comportamento do paciente. Quando esses ataques se tornam recorrentes e, portanto, impactantes na vida do indivíduo, gerando preocupação constante por conta das crises e pelo comportamento de esquiva, nomeia-se transtorno do pânico.
O Dr. Marcelo Chagas, psiquiatra da Medcenter, explica que diversos gatilhos podem desencadear esse distúrbio. “Situações como crises financeiras, separações, morte de algum parente, experiências traumáticas na infância e violência são exemplos comuns que podem estar por trás dos ataques de pânico. Acontecimentos impactantes não só abalam as emoções como também são os principais responsáveis pelo aparecimento de diferentes transtornos”, ressalta.
Segundo o especialista, no transtorno do pânico, regiões específicas do cérebro responsáveis pelo controle das emoções e da liberação de neurotransmissores, como a adrenalina – hormônio que prepara o corpo humano para a realização de grandes feitos ou situações extremas, como de fuga e luta –, são ativadas sem que haja um perigo real, provocando uma sensação de medo e mal-estar intensa.
Os principais sintomas de uma crise de pânico são:
- aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração;
- falta de ar;
- pressão ou dor no peito;
- palidez;
- suor frio;
- tontura;
- náusea;
- pernas bambas;
- formigamento;
- tremores;
- calafrios ou ondas de calor;
- sensação de estar “fora do corpo”;
- medo de morrer ou de “perder o controle”;
- desmaio ou vômito no pico da crise.
Segundo o Dr. Marcelo Chagas, o tratamento para o controle da enfermidade se dá por meio de psicoterapia e medicações como antidepressivos e ansiolíticos, que podem variar dependendo da intensidade da doença, que, por sua vez, difere de paciente para paciente.
- o diagnóstico do transtorno do pânico pode demorar a ocorrer, pois alguns sintomas físicos da doença podem ser confundidos com sinais característicos do infarto, o que faz com que os pacientes busquem atendimento de emergência;
- aprenda técnicas respiratórias;
- pratique atividades físicas;
- não se medique nem recorra ao consumo de álcool ou de outras drogas para aliviar os sintomas do pânico;
- procure assistência médica e psicológica.